segunda-feira, 15 de novembro de 2010

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História da MPB.

Esta é uma viajem de retorno as origens da MPB.postaremos,acompanhadas de textos,players de áudios das músicas do artistas que fizeram história.Iremos postar além de audios,as letras das músicas,além de partituras,onde não for possível pro falta de registros sonoros.

Nos três primeiros séculos de colonização do Brasil, o que existiu foram bem definidas e isoladas formas
musicais: os cantos para as danças rituais dos índios e os batuques dos escravos, a maioria dos quais
também rituais. Ambos fundamentalmente à base de percussão (tambores, atabaques, etc.). Em outro
extremo, as cantigas dos europeus colonizadores, os hi nos religiosos dos padres e os toques e as fanfarras
militares dos exércitos portugueses aqui aquartelados.
A consolidação da nossa música popular é contemporânea ao aparecimento e consolidação das
cidades, uma vez que música popular só pode existir ou florescer onde há gente reunida.
Na primeira metade do século XIX, os gêneros mais populares e consolidados eram o lundu e a
modinha.
O lundu é uma dança e um canto de origem africana e foi introduzido no Brasil pelos escravos de
Angola. Já a modinha é considerada canto urbano branco de salão, de caráter sentimental.
Na segunda metade do século XIX, iriam fixar-se os primeiros grandes nomes daqueles que formariam
as bases do que é hoje considerada a nossa música popular. Começam a aparecer alguns vultos
essenciais.
Um dos primeiríssimos é Xisto Bahia, que interpretava, com muito sucesso, lundus irônicos para o
público de circos e teatros (o teatro de revista era o grande centro consumidor e também irradiador da
música popular na época). É dele a autoria da primeira música gravada no Brasil, pela Casa Edison, em
1902 – o lundu “Isto é bom”, interpretado pelo ca ntor Bai ano.
o Àudio da música encontra-se ao lado.

A partir de Xisto, começam a aparecer os grandes talentos de renome na música popular, dentre os
quais destacam-se Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth.
Em 1899, Chiquinha Gonzaga compôs, a pedido do cordão carnavalesco Rosa de Ouro, a primeira
marchinha de carnaval, “Ô abre alas”, cantada até hoje nos folguedos carnavalescos.
Em 1917, Chiquinha e outros artistas fu ndam a SBAT (Socieda de Brasileira de Autores Teatrais), com a
finalidade de defender os direitos autorais de seus filiados.
Dessa época destaca-se também Catulo da Paixão Cearense, autor da famosa canção “O luar do meu
sertão”.
A grande revolução aconteceu com o aparecimento de Pixinguinha, o patriarca e o estruturador de toda
a música que viria depois dele.
Pixinguinha criou inúmeros conjuntos musicais, dos quais se destacou “Os Oito Batutas”, o primeiro
grupo a excursionar fora do Brasil (1922, Paris), levando na bagagem o chorinho, o samba e o maxixe).
O carnaval da classe média, na virada do século XIX para o século XX, era de inspiração nitidamente
européia. Já a população pobre e mestiça organizava -se em sociedades recreativas, inicialmente chamadas
cordões carnavalescos, e posteriormente blocos carnavalescos.
A população pobre do Rio de Janeiro reunia-se na Praça Onze para exercitar -se nos seus batuques e
nas rodas de pernada e de capoeira. Essa parte da população não saía no carnaval de forma organizada,
mas em blocos desordenados, cujos desfiles terminavam quase sempre em grande brigas de capoeira.
Da música à base de percussão e de palmas produzida por esses negros e mulatos, com o nome de
“batucada”, iria nascer o samba.
Além dessas rodas de capoeira e de batucada, quase sempre realizadas nas ruas e praças adjacentes à
Praça Onze, eram célebres as festas que se realizavam nas casas das tias baianas. Essas tias, em geral
senhoras gordas e grandes quituteiras, davam fes tas para comemorar as datas importantes do calendário
do candomblé. Nessas festas, a batucada imperava nas rodas que se formavam nos quintais e cômodos das casas.
O samba só veio a ser registrado com esse nome em discos em 1917, com o cantor Donga, autor do
primeiro samba gravado, “Pelo telefone”.
Na segunda metade da década de 20, um grupo freqüentador do Estácio viria a estruturar
definitivamente o samba na forma como é hoje conhecido. Esse grupo de pioneiros era comandado por
Ismael Silva. O “pessoal do Estácio” entraria para a história da música popular brasileira como consolidador
do ritmo e da malícia do samba urbano carioca.
Para o crescimento da música popular br asileira, dois avanços foram determinantes. Primeiramente, a
mudança do sistema de gravação mecânica para a gravação elétrica, o que permitia o registro fonográfico
de vozes de curta extensão, mas cheias da malícia que o samba exigia. A segunda foi o aparecimento e a
espantosa difusão do primeiro veículo de comunicação de massa de nossa história, o rádio.
No Brasil, os anos 30 e 40 (e parte dos anos 50) ficaram conhecidos como “A Era do Rádio”.
A programação radiofônica demandava um consumo sempre crescente de novas músicas, compositores
e intérpretes. Foi nessa era de ouro que apareceu um sem -número de gra ndes intérpretes e compositores,
levados de norte a sul do país. Foram os primeiros ídolos brasileiros produzidos pela comunicação de
massa.
Entre esses astros destacam -se primeiramente Carmen Miranda, Mário Reis, Sílvio Caldas, Orlando
Silva (o “Cantor das Multidões”), Francisco Alves (o “Rei da Voz”), entre outros.
Grande